O papel da escola, entretanto, renova-se com estudos e descobertas sobre o comportamento cerebral, e, nesse contexto, a nova escola é a que assume o papel de “central estimuladora da inteligência”. Se a criança já não precisa ir à escola para simplesmente aprender, ela necessita da escolaridade para “aprender a aprender”, desenvolver suas habilidades e estimular suas inteligências. O professor não perde espaço nesse novo conceito de escola. Ao contrário, transforma a sua na mais importante das profissões, por sua missão de estimulador da inteligência e agente orientador da felicidade. O mesmo paradigma se aplica ao pedagogo.
O pedagogo deve transformar o ambiente escolar para que haja possibilidade da viabilização das aulas dos professores, para, por fim, que haja um processo ensino-aprendizagem de qualidade.
É importante para os pedagogos não só reconhecer a inteligência em nossos sistemas mente/corpo, mas também compreender que é possível criar “ambientes inteligentes” onde é possível viver e aprender. O novo campo de pesquisa sobre “cognições distribuídas” sugere que a inteligência estende-se além dos indivíduos e é melhorada através das interações com outras pessoas, através de materiais de recurso em livros e banco de dados e através de instrumentos que usamos para pensar, aprender e solucionar problemas, como lápis, papel, agendas e diários, calculadoras e computadores.
Nem todos os seres humanos irão tornar-se grandes artistas, músicos ou escritores, mas toda a vida humana será enriquecida através do desenvolvimento de muitos tipos de inteligência da forma mais ampla possível. Quando os indivíduos têm oportunidades de aprender através de seus potenciais, mudanças cognitivas inesperadas e positivas, emocionais, sociais e até físicas ocorrerão.
Levar essas oportunidades para o contexto educacional é um desafio para os pedagogos que quer um trabalho de qualidade. Mas para que o torne assim é preciso que aprenda a trabalhar as inteligências múltiplas.
Pablo José Ferreira
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